A cirurgia bariátrica é a solução mais eficaz para combater a obesidade na nossa população tem tido um crescimento epidémico. Este facto ameaçador tem sido bem documentado através dos media. Estima-se que somente na Europa haja cerca de 160.000.000 de doentes, onde cerca de 1.500.000 são crianças, imperando a discriminação e onde a autoestima se encontra num patamar muito baixo, levando à falta de realização social.
Numa grande parte destes pacientes, quer a tensão arterial quer a diabetes encontram-se alteradas, bem como outras doenças que as acompanham, pelo que cada vez mais os médicos de família bem como os cirurgiões são submetidos a maiores pressões na tentativa de combater este flagelo, quer médica quer cirurgicamente, pelos doentes que procuram uma longa e eficaz perda de peso. A intervenção cirúrgica é indiscutivelmente a forma de tratamento da obesidade mórbida mais eficaz e duradoira.
A cirurgia bariátrica representa uma disciplina única por várias razões, a primeira das quais é que a cirurgia bariátrica tem como fundamentos a tentativa de alterar comportamentos, bem como a fisiologia, ao invés das outras cirurgias reconstrutivas ou de resseção. Além disso, o seu sucesso está dependente da capacidade educacional do paciente e da sua aderência às alterações comportamentais que a cirurgia impõe. Os doentes com obesidade mórbida possuem muitas vezes múltiplos diagnósticos porque esta é uma patologia que afeta quase todos os sistemas do organismo.
Os cirurgiões que tratam esta patologia rapidamente concluíram que é impossível realizar este tratamento sem ser através de um programa compreensivo e multidisciplinar, desenvolvido por um grupo de pessoas diversificado e dedicado da área da saúde, que possa avaliar os doentes, bem como prepará-los quer mental quer fisicamente para a cirurgia e para as alterações ao estilo de vida que lhes vão ser pedidas.
Para tal, há necessidade de se organizarem programas compreensivos que requerem uma abordagem multidisciplinar e um compromisso institucional grande, levando à formação de unidades de tratamento da obesidade ou unidades bariátricas, capazes de ter um papel educacional e de desenvolver estratégias de suporte aos doentes.
Pacientes com IMC >/= 40, ou 35 com comorbilidades são geralmente elegíveis para cirurgia. Tentativas várias de emagrecimento devem ter sido realizadas no passado, supervisionadas com regimes dietéticos, exercício ou medicamentos. No entanto teremos que pensar que alguns doentes com IMC < a 35 poderão ser candidatos, mas deverão ser discutidos por toda a equipa.
Embora a idade compreendida entre os 18 e os 60 anos não ponha qualquer objeção ao tratamento cirúrgico, estudos revelam que doentes abaixo dos 18 e acima dos 60 anos, depois de devidamente analisados, poderão ser candidatos para cirurgia. Portanto, a idade por si só não é uma objeção à sua realização.
Após cirurgia, um follow-up apertado e uma abordagem multidisciplinar são necessários para o sucesso de um programa desta envergadura. O conhecimento pelos médicos de família do programa, a compreensão do que significa a cirurgia bariátrica, como se realiza e o que se espera dela é fundamental para que estes programas tenham sucesso, pois serão sempre eles os primeiros a atender este paciente e a dizer-lhes o que necessitam.
A equipa de cirurgia bariátrica da Living Clinic é liderada pelo cirurgião Dr. Luís Sá Vinhas. As cirurgias que atualmente se fazem podem ser de vários tipos e realizadas de várias maneiras: