A incontinência urinária (IU) pós-parto é um problema que afeta muitas recém-mamãs. Saiba, neste artigo, como tratar este assunto.
A incontinência urinária pós-parto é uma condição desconfortável, mas bastante frequente entre mulheres que foram mães recentemente. Apesar de ser incomodativo, este é um problema que pode ser solucionado, desde que a mulher procure ajuda e aconselhamento médico.
As perdas involuntárias de urina por parte de recém-mamãs são um sinal de incontinência urinária. Neste contexto, costumam estar relacionadas com alterações que surgem a nível do pavimento pélvico, que é uma estrutura que suporta a bexiga e controla os esfíncteres. Estas alterações, causadas pela gravidez e/ou parto, dificultam o controlo da micção.
As mulheres que sofrem desta condição registam, por vezes, pequenas perdas de urina na sequência de ações tão simples como tossir, espirrar, rir ou baixar-se para apanhar um objeto.
Se está a enfrentar este constrangimento, fique tranquila, pois há formas de tratar o problema e solucioná-lo definitivamente.
A incontinência urinária pós-parto é normal?
De acordo com um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, aproximadamente 20% das recém-mamãs portuguesas sofrem de perdas involuntárias de urina seis meses após o parto.
Apesar de ser uma condição frequente e tratável e, nesse sentido, “normal”, a incontinência urinária pós-parto deve merecer a melhor atenção por parte das mulheres que têm esta situação clínica.
Por isso, se se encontra no pós-parto e sofre de incontinência urinária, entenda melhor, neste artigo, as causas e o que pode fazer para acabar com este problema.
Quais as causas da incontinência urinária após o parto?
De um modo geral, a IU pode ter várias causas. No entanto, está, habitualmente, relacionada com as mudanças que ocorrem durante a gravidez e com o próprio parto.
O esforço feito pela mulher durante o parto, bem como a duração do trabalho de parto, podem originar ou não incontinência urinária, devido à maior ou menor pressão exercida sobre os músculos do pavimento pélvico e os nervos existentes nessa região.
A somar a estas causas possíveis, há ainda que considerar o parto instrumentado, a episiotomia e as lacerações perineais como fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de algumas recém-mamãs virem a sofrer de IU.
Finalmente, é possível que, durante o parto, tenha ocorrido alguma lesão dos nervos da região do pavimento pélvico que favoreça as perdas urinárias.
Quais os fatores de risco para a incontinência urinária pós-parto?
Além das situações anteriormente mencionadas há outros fatores de risco que podem tornar a IU mais frequente.
Alguns fatores considerados de risco são:
- elevado número de gestações e partos;
- peso elevado do recém-nascido;
- obesidade materna;
- idade materna avançada;
- período expulsivo prolongado.
Como tratar a incontinência urinária pós-parto?
Se sofre de incontinência urinária pós-parto não deve desvalorizar este problema, mas sim conversar com um ginecologista de modo a avaliar a gravidade do mesmo e qual o tratamento mais apropriado.
A abordagem perante a condição da IU pós-parto vai sempre variar em função da frequência e da intensidade das perdas urinárias. Há, no entanto, medidas gerais que as mulheres nesta situação devem adotar, designadamente:
- realizar exercícios de Kegel (exercícios específicos para fortalecer o pavimento pélvico);
- evitar o consumo de bebidas com cafeína, refrigerantes e gaseificados;
- privilegiar a ingestão de água;
- manter um peso equilibrado;
- fazer uma dieta rica em fibras;
- ir mais frequentemente ao WC, de forma a “treinar” a bexiga.
Quando a adoção destas medidas não contribui para a diminuição das perdas urinárias pode ser necessário recorrer a outras terapêuticas, tais como:
- Fisioterapia orientada para os músculos perineais;
- Tratamentos complementares que permitem acelerar o processo através de terapias que, ao estimularem a produção de colagénio, ajudam a melhorar a firmeza e elasticidade dos tecidos, bem como restaurar a tonicidade vaginal e fortalecer o suporte dos músculos do pavimento pélvico, nos quais se incluem:
- Laser CO2 íntimo: tratamento de rejuvenescimento vaginal a laser que é igualmente capaz de tratar o problema da incontinência urinária, por estimular a produção de proteínas como o colagénio e a elastina, ajudando a restaurar a funcionalidade e a hidratação dos tecidos e músculos da vagina;
- Radiofrequência íntima: ajuda a fortalecer os tecidos e músculos do pavimento pélvico e, por conseguinte, a combater os sintomas de incontinência urinária.
Quando a IU está associada à flacidez vaginal e à fraqueza dos músculos da região pélvica, optar por tratamentos que fortalecem esta região (como os mencionados anteriormente) é um meio bastante eficaz de resolver o problema das perdas urinárias.
Como prevenir a incontinência urinária após a gravidez?
Há alguns comportamentos que podem ajudar a prevenir a incontinência urinária pós-parto. Entre eles estão:
- não aumentar excessivamente de peso, durante a gravidez;
- beber muita água;
- ter uma alimentação rica em fibras, para também evitar a obstipação;
- fortalecer o pavimento pélvico fazendo exercícios de Kegel.
Os exercícios de Kegel são muito simples de fazer, podendo pô-los em prática deitada, em pé ou sentada. Para tal, basta seguir os seguintes passos:
- Para identificar os músculos a trabalhar, experimente suspender o fluxo de urina. Os músculos que contraiu são aqueles que deverá exercitar.
- Respire tranquilamente, elevando a barriga ao inspirar e baixando-a ao expirar. No momento de expirar, contraia com força durante alguns segundos os músculos do pavimento pélvico, como se estivesse a impedir a saída da urina.
- Repita várias vezes o passo anterior, mantendo a contração durante cada vez mais tempo.
- Faça estes exercícios duas a três vezes por dia.
Se está a atravessar este problema, pode encontrar a solução bem perto de si. Visite a Living Clinic no Porto e fique a saber quais os tratamentos mais adequados para o seu caso. Marque já a sua consulta!
Responsáveis pelos tratamentos
A Dr.ª Manuela Montalvão é especialista de Ginecologia/ Obstetrícia, com extensa formação em distintos âmbitos da Especialidade, nomeadamente Ginecologia Regenerativa (Ginecoestética), aplicação de laser vulvar e vaginal e rejuvenescimento íntimo.
A Dr.ª Maria Manuel Sampaio é especialista de Ginecologia/ Obstetrícia na Living Clinic e está dedicada, desde 2015, ao acompanhamento da mulher desde a adolescência até à menopausa, passando pela gravidez e parto.
Uma das suas principais áreas de intervenção é o Rejuvenescimento Íntimo, no sentido de melhorar a qualidade de vida da mulher na menopausa, no pós-parto e não só, através de técnicas que visam melhorar a elasticidade, tonicidade e lubrificação pela ativação da produção de colagénio.
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